Nem tudo o que é rosa palpita na boca de uma menina

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De textura gulosa e de cor vibrante, a sopa de beterraba preparada com simplicidade, mas não menos empenho, foi um fiasco na lancheira da minha filha, em mais um regresso às aulas, cheio de novidades e rotinas.

Recuando.

Este ano decidimos que as refeições seriam preparadas em casa. Mais saudável e mais barato. Investimos nos termos (diz a marca que tem patente!) para que a sopa e o prato principal mantivessem as temperaturas desejadas. Devo dizer que foi negócio a que nunca dei atenção. Desta feita, agora como consumidora interessada, vi-me assoberbada pela profusão de modelos, cores e feitios de termos e lancheiras à venda em lojas pop up espalhadas pelos centros comerciais da capital. Haja crise e haverá negócio para os ditos.

Avançando.

Pesquisei ementas simples, fáceis de conservar, e que agradassem facilmente o palato infantil. Impressionou-me a quantidade de conteúdos na internet sobre ideias para conquistar as bocas das crianças. Sandes que sorriem, frutas floridas e bolachas coloridas… Está tudo louco! Há tempo para isso com tanta coisa para gerir nos quotidianos? Eu por mim falo – um primeiro ano do ciclo, uma estreia em sala de aula com secretárias à séria, outro filho a caminho e o reformular de rotinas que implicam acordar mais cedo para preparar almoços, entre outros afazeres familiares.

Avançando mais um bocadinho.

Para o 1º almoço, do 1º dia de escola, do 1º ano do ciclo, veio-me à cabeça uma sopa bem fresca e colorida – a dita sopa fria de beterraba. Como prato principal, o resto de arroz de açafrão com couve, cenoura e curgete salteados e frango desfiado – um arroz colorido, chamar-lhe-iam assim os ditos sites. Achei, à partida, que o berrante da sopa e o colorido do arroz seriam o quanto basta para encantar a boca da gaiata. Porque os olhos também comem, lá dizem.

Para terminar.

O arroz foi engolido, ainda que vagarosamente, mas a sopa rosa vibrante foi comida à força, sob o dedo autoritário da funcionária da escola. Enganei-me redondamente. Ou foi só nas cores? Quanto ao termos, acertei e foi bom investimento.

Insisto, porque os olhos também comem (talvez, neste caso, mais os dos adultos) aqui fica a receita da sopa.

Fotografia ©Teresa Novak

Sopa fria (e rápida) de beterraba

Sopa fria (e rápida) de beterraba

Para o 1º almoço, do 1º dia de escola, do 1º ano do ciclo, veio-me à cabeça uma sopa bem fresca e colorida – uma sopa fria de beterraba. Achei,...

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