Uma marmelada branca, cheia de alma e coração.

Modo de preparação

• 1. Num tacho grande, de aço inoxidável ou esmalte, deite água até meia altura e ponha-a ao lume. Descasque os marmelos, retirando-lhes o coração e aproveitando apenas a polpa macia; à medida que os descasca, introduza-os em água moderadamente quente – assim não escurecem. Mas atenção: a água só deve ficar a ferver quando toda a fruta já estiver no tacho.
• 2. Reserve o desperdício da fruta (cascas e corações) – vai ver adiante como este pormenor é importante. Enquanto a fruta coze – cerca de 15 minutos – faça as contas ao açúcar necessário: pese o desperdício, subtraia este valor aos 5 kg iniciais de fruta e ficará com cerca de 3 kg de polpa.
• 3. Agora, por cada quilo de polpa tome 1250 kg de açúcar pilé e por cada quilo de açúcar 2,5 dl de água limpa – a de cozer os marmelos iria escurecer a marmelada; deite a água e o açúcar no tacho lavado e leve a lume brando até derreter; depois aumente o calor e deixe ferver até ganhar ponto. Enquanto isso, sem deixar arrefecer a fruta, reduza-a a puré no passe-vite com o crivo mais fino.
• 4. Observe agora o açúcar: faz pérola? Não chega, tem de ferver até que, deitando uma colher de chá da calda numa chávena de água fria, o açúcar faça uma bola. Se tiver dúvidas, deite uma colherada maior da calda na água fria, recolha a bola que se forma e atire-a para cima da mesa; se o barulho for o de uma pedrada, junte imediatamente a polpa de marmelo à calda e ... sorte a sua, desligue o lume – não vão acontecer salpicos, nem se vai queimar. Pegue numa colher de pau nova e bata a marmelada até que a colher se mantenha ufana, em pé, sem apoio, no centro do tacho.
• 5. E está pronta a alva, perfumada e célebre Marmelada do Convento de Odivelas. Deite-a em tijelas, conserve-a ao ar, mas protegida de poeiras, e aguarde que à superfície apareça como que uma fina camada de açúcar cristalizado.
• 6. In Sabores com Histórias, de Maria de Lourdes Modesto

• Prato : Doce
• Ingrediente :marmelo